Se tem uma coisa que todos nós, em algum momento da vida, temos que lidar é com a dura sensação de perda e a angústia que a acompanha. Seja por um relacionamento desfeito, a perda de um ente querido, um objeto com grande significado ou até mesmo algum tipo de vício, a ausência faz com que entremos em uma condição de profunda dor e sofrimento.

Hoje vamos falar de como a angústia age em nossa mente e quais os passos que precisamos dar para buscar o alívio e diminuição dessa condição.

Inicialmente temos que entender que a angústia é diferente do sofrimento. O sofrimento é algo generalizado, que constantemente surge nas nossas vidas por causa da relação da distorção entre nossa realidade e o Real, ou seja, quando a pessoa tem uma simbolização do Real muito divergente em relação ao mundo, certos acontecimentos afetam muito mais a pessoa e a tendência então é que ela fique em estado de sofrimento mais frequentemente.

Já a angústia é um tipo de sofrimento. Ela se trata de uma distorção de perda, apego e/ou vício. A angústia também é mais aguda e mais forte que o sofrimento pois seu acionamento está relacionado aos mecanismos do prazer, que tem ação mais compulsiva, enquanto o sofrimento está mais relacionado aos outros mecanismos emocionais.

É importante saber que toda perda ou apego gera angústia, isso porque os neurônios antológicos continuarão recebendo estímulo e solicitando o objeto da perda, porém como esse objeto não está mais presente, ao invés de esse neurônio disparar uma descarga, gerando mensageiros positivos para o corpo, ele irá disparar uma ativação, que irá gerar mensageiros negativos, causando a sensação aguda de angústia.

Quanto mais forte o apego ou a dependência, maior a intensidade da angústia. Além disso, os neurônios continuarão por um tempo solicitando o apego via mensageiros negativos, fazendo com que a angústia fique mais intensa. Mas essa curva tem um pico que quando atingido diminui a angústia gradativamente.

Mas isso não significa que a mente está querendo te fazer sofrer, este mecanismo é para que você, via causação, busque o objeto, porém uma hora ela entenderá que você não terá mais o objeto de volta. Então temos aqui uma boa notícia, toda a angústia vai passar, ela é uma condição temporária.

A questão fundamental aqui é que o mundo não é o que pensamos ser, isso inclusive cai no mesmo modelo de todos os transtornos mentais. Acreditamos que o mundo é uma coisa, a nossa realidade como a enxergamos, só que o mundo não obedece a nossa realidade. A gente quer que ele funcione de um jeito e ele funciona de outro e então sofremos para ajustar nossa distorção do Real.

No geral, o apego é algo importante porque ele remete a uma verdade fundamental da pessoa, só que essa verdade tende a se tornar uma mentira fundamental, pois no universo não existe verdade ou mentira. Então todo apego vai levar, algum dia, a uma angústia.

O ponto central da angústia, assim como dos outros transtornos, é a falta de sabedoria e da compreensão das marcas da existência, onde você entende que o mundo é interdependente, tudo depende de tudo;  que o mundo é impermanente e transitório, tudo vai passar, nasce, vive e morre;  que nada tem existência inerente.

A sabedoria das marcas da existência te tira da ignorância fundamental onde se compreenderá que a maior parcela do sofrimento e da angústia não vem da perda em si, mas sim da interpretação que se tem da perda,  e isso que potencializa a angústia e prolonga a sua duração.

Então nosso principal objetivo é diminuir a intensidade e a duração dessa angústia, com nossa série você vai entender com mais detalhes como isso pode ser feito e como alcançar essa sabedoria.

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A dor profunda da angústia e suas causas

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