Em que mundo você vive? Existe uma frase bem conhecida de José Saramago que diz que “Cada um de nós vê o mundo com os olhos que tem (…)”, de certa forma, isso é uma verdade. Mas afinal, se cada um vê o mundo de um jeito, o que é o Real? No artigo de hoje vamos começar a explicar para você o que é o Real e como realmente o captamos.
O Real é aquilo que “É”. Independentemente de qualquer interpretação simbólica. Isso pode parecer um pouco confuso agora, mas você vai entender bem onde vamos chegar. O Real transmite inúmeras informações, algo que o torna inatingível para nós. Isso porque possuímos apenas 5 sentidos para captá-lo. Nossa realidade é uma interpretação subjetiva do Real através da simbolização. Todos os condicionamentos e regras sociais que existem no mundo, não existem no real, assim como qualquer outra relação simbólica.
Mas há um caminho que nos permite uma aproximação do Real, e esse caminho é a consciência. Nem a ciência nem a religião são capazes de nos aproximar do Real, pois elas são modelos, que por meio da simbolização, apenas descrevem o Real. Somente a sabedoria, via consciência, e não o conhecimento, via o pensamento, podem nos levar a uma experimentação do Real.
O Real é tudo aquilo que acontece no universo, seja captado pelos seres humanos ou não. Só conseguimos enxergá-lo de acordo com a nossa capacidade de interpretação. Podemos usar como exemplo uma cena que acontece no cotidiano. Cada pessoa que visualizar essa cena vai captá-la de acordo com sua própria realidade. Então acontece que cada pessoa vai ser afetada de um jeito diferente pela cena. Se pegamos o que cada um achou da cena ou até o que ela compreendeu, cada pessoa pode dar uma resposta completamente diferente da outra.
A força do Real em nos impactar é diretamente proporcional a nossa ignorância dele. Cada pessoa tem uma realidade formatada do Real, onde toda vez que o Real não funciona de acordo com o modelo de simbolização que possuímos dele, o corpo reage e libera mensageiros negativos gerando dor e angústia. Nossa distância do Real é sentida como sofrimento, que também é uma medida da nossa ignorância. O corpo tenta corrigir essa função de simbolização para que nossa realidade se aproxime cada vez mais do Real.
O Real é dinâmico, interdependente, impermanente e insubstancial, tendo assim as marcas da existência em seu fundamento. O universo, por sua vez, é recursivo, ou seja, existem universos dentro de universos, e dentro, outro universo, e assim em diante, porém existe uma dinâmica idêntica em cada um desses universos. Seja um conjunto de galáxias ou as células de um corpo, todos esses universos se comportam de maneira parecida e respeitam as mesmas marcas da existência.
Uma coisa importante aqui é que o universo é único e um contínuo infinito. Isso significa que não existem universos paralelos, nem a existências de dois mundos separados, como algumas correntes tentam explicar. Mundo espiritual e mundo físico seria um exemplo dessa corrente de pensamento, que de fato, não existe. Os mundos são integrados e funcionam de forma concomitante e não separados.
O Real atravessa todos os universos recursivos, ou seja, ele está presente em todos eles. Se você pegar uma planta, por exemplo, e estudá-la você verá que existe um mundo ali. Mas você vai perceber também que esse mundo possui algumas propriedades comuns, que estão em todos os universos e em todas as entidades. Uma dessas propriedades são as 4 ações do continuum causal. Esse assunto nós aprofundaremos melhor em nossas minisséries, que você pode encontrar gratuitamente em nossa plataforma.
Cada universo, em seu nível de abstração, possui infinitos continuum causal, ou continuum mental. Mas você aqui pode estar se perguntando: o que seria um continuum mental? Bom, nós somos um exemplo continuum mental, assim como os animais, as plantas, pedras. Tudo aquilo que tem forma, e, portanto, tem vacuidade definida, faz parte de um continuum mental. Mas isso não quer dizer que uma pedra possa pensar ou ter sentimentos, nem tudo que tem mente tem emoções ou a capacidade de pensar.
Dentro do universo existe um processo gradativo e é importante entender onde o ser humano está dentro desse processo. Ao longo da história o ser humano foi descobrindo que não era o centro do universo, das espécies e até mesmo que não tem controle sobre o funcionamento de sua mente. Temos então que dar continuidade nesse processo de aceitar que a mente é algo que funciona independente da nossa vontade, tem um mecanismo próprio. As construções mentais oriundas da simbolização não existem no Real, portanto não existe o “Eu”, o “Ego e etc, tudo isso são coisas inferidas a partir de um olhar particular. Como da Psiquiatria, Psicologia e Psicanálise, por exemplo.
A interação desses continuum mental gera uma realidade subjetiva, pois esse contato acaba criando uma forma de interpretarmos o Real, via simbolização e criar essa realidade. Cada ser tem a sua própria percepção do Real e sua própria realidade. O certo e errado são subjetivos e dependem dessa realidade subjetiva de cada um.
Como nossos sentidos não conseguem apreender o Real, nós absorvermos somente parte dele. Essas partes ativam nossos neurônios ontológicos e nossa realidade é criada a partir desses disparos via energia externa (transdução) e a energia interna (pulsão). Para todo tipo de simbolização, criamos um neurônio ontológico que corresponde a essa simbolização. Seja o seu cachorro, um relacionamento, seu pai e sua mãe, tudo terá um neurônio ontológico que o represente na mente. A realidade é nossa ontologia do Real.
As funções tensoriais e pulsionais dos neurônios ontológicos governam nossa saúde e as doenças, no plano mental e físico. Problemas nelas e na função de interpretação do Real são as causas dos vários transtornos mentais existentes.
O Despertar Consciente é o caminho para que você se aproxime desse Real. Muitas pessoas acreditam que o conhecimento nos aproxima do real, porém o conhecimento apenas nos ajuda a interpretá-lo, não experimentá-lo. Apenas a sabedoria, através da consciência, representa o caminho de união e experimentação do Real. Este processo é o caminho que devemos utilizar para corrigirmos nossa função de interpretação do Real. O Real está acima de nossa capacidade de compreendê-lo.
O Real então é o tudo e o nada; é o cheio e o vazio; é aquilo que “É” e o que não é. Nós, como seres humanos, estamos aqui para experimentar o Real em sua plenitude, nosso papel não é pensar e resolver os problemas do Real. Estamos aqui para experimentar o Real, através da consciência, em um processo que aproxima nossa realidade do Real, nos dando paz, bem-estar, saúde e felicidade. O Despertar Consciente é o caminho.
Agora reveja a foto deste post. O que seria a realidade e o Real?
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O que é o Real?

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