A presença é um estado obrigatório para se alcançar a consciência. Podemos dizer que o “eu” está para o pensamento, assim como a “presença” está para a consciência. Precisamos então renunciar o “eu” e nos tornar a “presença”, para assim se aproximar cada vez mais da Sabedoria.
Nos dias de hoje, a sociedade, no geral, está muito mais voltada para o lado do conhecimento, deixando de lado a Sabedoria. Porém é necessária a busca pelo equilíbrio. Nenhuma das duas tem uma importância maior que a outra, cada uma tem seu espaço. Mas a falta de Sabedoria e consciência tem como sintoma os diversos transtornos mentais.
Neste estado de presença, costumamos dizer que a pessoa vive no presente. Só que na verdade o que nos faz viver no presente é a consciência, porque durante o desenvolvimento do estado de presença, desenvolvemos a consciência. Na consciência não existe o tempo, nela existe uma aproximação do vazio e no vazio não existe passado, presente ou futuro. Por isso que no estado de presença, se vive no presente.
Para desenvolver a presença precisamos desenvolver 3 áreas diferentes. Essas áreas são: a Contemplação, a Atenção Plena e a Equanimidade. Se você já assistiu nossas séries ou artigos sobre meditação, você vai se recordar que a meditação também é um processo que ajuda muito no processo de desenvolvimento da presença. Ela é, sem dúvida, uma das práticas mais eficientes para geração de consciência como um todo.
Como a presença tem enorme importância para a geração e expansão da consciência, ou simplesmente, para manter a pessoa no estado consciente, foram desenvolvidas outras práticas para auxiliar nesse desenvolvimento.
É importante também fazer a separação da ideia de que viver no presente é uma espécie de passe livre para uma vida imediatista, entrando em um processo de liberdade inconsciente, inconsequente e irresponsável, que é o que muitos tomam como “carpe-diem”.
Da mesma forma, é necessário compreender que o processo de gerar presença não pode ser levado como o objeto final. Muitos gurus utilizam disso para criar um conjunto de seitas e práticas, dizendo que o estado de presença é onde você está em contato com a bem-aventurança final, a beatitude final do universo. Só que isso é um grande equívoco pois o universo não foi criado para nós. Somos apenas parte dele e não o centro.
Então muita gente chega ao seguinte questionamento, o que é viver então no estado de presença? Viver na presença é fazer exatamente aquilo que você faz atualmente, como ir ao trabalho, ir estudar, limpar a casa, ir dormir. Você vai basicamente continuar a viver sua vida normalmente, só que agora, vivendo no presente, plenamente consciente do que você está fazendo, sem que sua mente te jogue para o passado ou para o futuro.
O estado de presença te permite estar sempre em paz, sempre tranquilo, porque você está sempre com seus mensageiros equilibrados na mente. A paz é a presença do “si” na ausência do “eu”, imerso na consciência desperta.
Para auxiliar no desenvolvimento da presença no dia a dia e aproveitar momentos que não estaríamos “fazendo nada”, como enquanto estamos no ônibus, fazendo alguma tarefa repetitiva, foram desenvolvidas 7 práticas de aspectos da realização da presença.
Nesses momentos durante o dia estamos gastando metabolismo pulsional para pensar. Porém, aí vem uma questão que pode até te assustar um pouco, 80% dos pensamentos que temos durante o dia são o que podemos chamar de inúteis. E ainda pior, destes 80%, metade geralmente são de auto-condenação e depreciação de si mesmo.
Podemos usar então, pelo menos, um pouco desse tempo para desenvolver a presença utilizando as 7 práticas. Devido a limitação de um artigo, vamos mostrar rapidamente para você quais são esses aspectos, porém você pode ter o acesso a eles, detalhadamente, nas práticas que iremos realizar durante nossos cursos.
Reconhecer: É necessário que reconheçamos algumas coisas na nossa própria mente, entender seu estado emocional, reconhecer sua história de vida e saber diferenciar que ela e você são coisas diferentes, reconhecer discriminações negativas que você tem em alguma de suas submentes. São quesitos importantes para se entender e assim saber o que está acontecendo com você no momento.
Aceitar: Precisamos aceitar o fluxo do universo e parar de tentar controlar e ajustar tudo nele. O universo tem um fluxo e a gente precisa aceitá-lo.
Acolher: Precisamos acolher nossa mente. A mente precisa ser acolhida pelo Ser.
Aquietar-se: O processo de aquietação é muito importante pois permite que você se sinta preenchido, mesmo estando sozinho. Hoje é muito comum pessoas se sentirem sozinhas, mesmo em meio a multidão. Então esse é um processo que nos faz começar a desenvolver a solitude.
Descansar: É necessário descansar as causações. Estamos a todo momento correndo atrás de prazer, da emoção e fazendo ajuizamentos, ou seja, estamos sempre agindo e isso não nos permite descansar verdadeiramente.
Contemplar: É preciso aprender a observar sem julgar, a olhar para um objeto, por exemplo, e sentir parte do mesmo universo do objeto, se sentir parte do mesmo “um”.
Agir: É necessário aprender a agir e não a reagir. Esse é um costume que normalmente desenvolvemos, reagir as causações e a como as coisas chegam a nós. Isso não é um ato construtivo. Ações construtivas são as vindas diretamente da presença e da consciência.
Como você pode ver, nenhuma dessas práticas é algo mirabolante. Mas é preciso um treinamento e orientações para ser efetivo. São coisas simples que se desenvolvidos nos auxiliam no desenvolvimento da presença, que é um fundamento para se viver no presente e um apoio fundamental para alcançarmos níveis maiores de consciência.
Se você quer compreender mais sobre o desenvolvimento da Presença e dos aspectos da realização da presença, acesse agora mesmo, nossa plataforma em bemvindo.supremewisdom.one.
Nos vemos em breve!
A Consciência Presente