Freud inaugurou o que é denominado psicologia das massas. A ideia seria estudarmos um grupo de pessoas ou entidade como se fosse uma pessoa. Por exemplo, qual seria a personalidade do estado do Rio de Janeiro? Ou de São Paulo? Ou do Acre? Ou, por outro lado, a personalidade do povo brasileiro? Que transtornos mentais esta pessoa chamada “Brasil” estaria vivenciando?
Embora possa parecer algo sem propósito é preciso alertar e trazer provas concretas do efeito da “massa” sobre o indivíduo. Um estudo prévio à segunda guerra mundial tornou-se digno de nota, quando previu este tipo de influência, ou seja, da massa em um único indivíduo. E a prova não poderia ser mais evidente quando grande maioria dos Alemãs apoiaram seu comandante Hitler em uma demonstração assombrosa do poder da massa perante um único indivíduo.
Criticar o povo brasileiro seria algo fácil, não seria?. No entanto, o crescimento de uma criança não é feito através de crítica, mas sim de ensinamentos. A crítica não é algo construtivo e educativo. Antes de adentrar nesta questão precisamos alertar desde já o leitor, se for brasileiro, a ler o texto até o seu final. Isso porque, como veremos, o brasileiro, psiquicamente, ainda se comporta como uma criança, e quando começa a ver a si mesmo no espelho, foge rapidamente do enfrentamento. Este tipo de comportamento não permite que saiamos desta infantilidade e entremos na adolescência. Sim, adolescência, o Brasil ainda está longe de se um país adulto em termos psíquicos.
Nossa inocência como povo nos protege de inúmeros males, como toda inocência verdadeira. Por outro lado, a partir de um ponto de inflexão esta inocência precisa dar lugar a consciência. Manter-se inocente à custa da realidade, traz para si mesmo, uma série de choques com o Real e naturalmente sofrimento.
Existem 4 tipos de comportamento que caracterizam uma personalidade infantil, são elas: 1. Busca constate por um herói que nos salve, 2. Fuga de qualquer responsabilidade com a transformação, 3. Culpar o OUTRO e 4. Alta credibilidade ao mundo imaginário (ilusões).
O item 1 e 2 implica o seguinte: quero mudar, mas não faço nada para isso. Alguém (herói) tem que fazer por mim. Não posso fazer nada. Não tenho responsabilidade nem pela minha própria mudança.
O item 3 implica o seguinte: se eu erro, não foi minha responsabilidade, existe sempre um CULPADO, ou então, foram forças sinistras do mundo invisível.
E por fim, no item 4 temos: para eu sair de onde estou, acredito em qualquer coisa. De Saci Pererê a Cuca, tudo é valido. Não se busca o caminho da consciência, mas o contrário; manter-se a todo custo na ignorância.
Este comportamento nos mantém longe do Real. Nos mantém na inconsciência e na ignorância. Com isso, nos encontramos sem rumo, sem meta, sem objetivo, sem direção. Esta pessoa Brasil precisa urgentemente crescer.
Por outro lado, existem algumas submentes, leia nossos artigos para entender como funcionam as submentes, que poderiam ajudar no crescimento da consciência do país. São elas: a elite econômica, a classe artística e os intelectuais. Obviamente, não em sua totalidade, mas sim em sua maioria, comportam-se como descrito nos parágrafos abaixo.
A classe alta ou a elite econômica deste país, de forma notoriamente explicita, acredita em suas ações e legitima entre si sua vergonhosa falta de ajuda ao seu próprio povo. Ou seja, a elite burguesa brasileira trabalha única e exclusivamente para si mesma. Não existe nenhuma possibilidade, a curto prazo (50 anos?), da elite brasileira mudar sua personalidade (submente) e passar a olhar o seu próprio povo com olhar consciente e compassivo.
A classe artística brasileira também legitima a si própria. Também é uma classe inconsciente de sua força e do seu possível apoio ao Brasil. Em seu processo de subida, na luta feroz pelo sucesso e pela fama, alcança o triunfo, mas perde e esquece rapidamente de sua origem. Passa a zelar pela sua imagem, ostentar riquezas, e não vacila um momento se quer, na difícil tarefa de ajudar o povo, prefere antes ajudar a si mesma. Se acha merecedora de todos os holofotes, e esquece rapidamente as mazelas de seu próprio povo.
A classe intelectual confunde conhecimento com sabedoria, pensamento com consciência. Seguindo o caminho da classe artística, abre mão do seu próprio povo, em uma busca narcísica, teórica e artificial de explicar alguma coisa ou coisa alguma, acreditando firmemente que seus pensamentos abstratos mudam alguma coisa no Real. Buscam sem disfarces títulos, reconhecimento, e notoriedade, em detrimento às necessidades básicas e práticas do seu próprio povo.
Já o povo brasileiro, não enxerga nada disso. Não percebe o jogo de sua elite, de sua classe artística nem dos intelectuais, ao contrário, os venera, os admira e os inveja. Aqui tudo se passa como muitos escravos, que retornavam para a casa de seus donos após sua libertação, alegando que apesar da violência, assédio, estupro, e toda sorte de preconceito, ganhava de seu “dono” um local para dormir e um pão para comer.
No entanto, nenhuma das submentes, ou grupos acima, está consciente disso. A elite está convencida que faz o seu papel, como também, os intelectuais e a classe artística. Portanto, e sendo assim, como este país irá sair de sua infantilidade? A resposta é a mesma de sempre: empurrado pelo sofrimento.
O sofrimento latente, a angústia, a ansiedade e a depressão são sintomas claros da falta de sintonia entre nossa realidade e o Real. Ou seja, entre o que estamos enxergando e como o mundo realmente funciona. Hoje em termos de densidade, somos o país líder no ranking de ansiedade e depressão. Por que? Isso já foi explicado, em nossos vídeos e artigos, mas a maioria não quer aceitar ou enxergar.
Este sofrimento que agora afeta os brasileiros está ganhando forma, e isso demonstra que precisamos sair da infância e entrar na adolescência. Precisamos deixar de acreditar no papai Noel e aceitar que a vida é mais complexa e rica. Por outro lado, entrar na adolescência envolve definir quem você será, lutar, brigar, duvidar, e ao final, encontrar seu espaço no mundo. É preciso crescer e deixar para trás os brinquedos de nossa infância.
Outrosim, não se consegue gerenciar a ignorância por muito tempo. A elite, a classe artística e os intelectuais também estão colhendo o fruto amargo de manter um povo inteiro na inconsciência ignorante, colhendo apenas frutos e ganhos egoístas para si mesma. Suas famílias, amigos e filhos, estão colhendo também o fruto da falta de ética que estes mesmos grupos e seu legado fizeram com o Brasil. O Rico não consegue curtir sua Ferrari nas ruas do Rio de Janeiro, se não ajudar seu povo com educação, saúde e segurança.
Portanto, é preciso antes de mais nada, termos compaixão. Pois, o amor sem sabedoria, rapidamente se transforma em posse pelo ignorante, e junto com a inconsciência, mata. Já a compaixão, implica colocar-se no lugar do outro e de seu sofrimento. Quem em nome da compaixão poderia matar outra pessoa? O mundo está interconectado e é interdependente, e não se pode fazer acordo com a ignorância.
Por outro lado, esta pessoa chamada Brasil possui muitas vantagens que não estão presentes em outros países. E, portanto, conseguindo superar este medo de crescer, poderá sim, ganhar toda a sabedoria e consciência necessária para transformar o mundo. Pois, este tipo de tarefa não está delegada aos países que já se encontram em estado de idade avançada. Precisamos sim, da sabedoria destes povos, de sua consciência e de sua experiência. Mas, a virilidade e a energia de um adulto consciente é o que o mundo precisa, para liderar sua caminhada em direção ao despertar consciente de todos os seres.
Neste contexto, ao Brasil e ao povo brasileiro mantém-se a promessa de um país gigante. Se ele conseguir acordar do seu sono infantil e aceitar crescer. Para isso, terá que deixar suas ilusões infantis para trás, e aceitar que toda transformação exige responsabilidade, e começa não pelos outros mas sim em si mesmo.
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Nos vemos em breve!